domingo, 19 de fevereiro de 2012

Por que esquecemos coisas?

O cérebro pode armazenar uma quantidade enorme de lembranças. Então por que não encontramos muitas dessas informações quando precisamos? Estudo recente oferece novas percepções dessa questão


Nosso cérebro guarda uma imensa quantidade de lembranças acumuladas com as experiências da vida. São lembranças que abrangem desde vivências profundas ─ quem sou eu, e como cheguei aqui? ─ às mais triviais ─ a placa de um carro que acabei de ver num sinal de trânsito. Além disso, nossas lembranças também variam muito em termos de exatidão. Os pais, por exemplo, quase sempre vivenciam a experiência de uma lembrança imprecisa quando estão comprando o presente de aniversário para um filho de sete anos: lembrar se o garoto queria uma estrutura que se transforma em caminhão ou avião pode fazer uma diferença enorme na satisfação com que o presente é recebido. Portanto, as “imprecisões” de nossa memória podem muitas vezes ser simplesmente tão importantes em nossa vida diária como a capacidade de lembrar em primeiro lugar de uma grande quantidade de informações. 

Nas últimas décadas a psicologia cognitiva determinou que existem dois sistemas de memória primária na mente humana: a memória a curto prazo, ou “de trabalho”, que guarda informações temporariamente apenas sobre algumas coisas em que estamos pensando no momento, e a memória de longa-duração capaz de armazenar grande quantidade de informações sobre experiências adquiridas durante toda a vida. 

Esses dois sistemas também são considerados diferentes em relação a detalhes que oferecem: a memória de trabalho fornece minúcias sobre coisas específicas de lembranças recentes, enquanto a memória de longo prazo dá uma imagem mais imprecisa sobre uma quantidade de coisas diferentes que vimos ou vivenciamos. Embora possamos manter uma quantidade de lembranças na memória de longo prazo, os detalhes nem sempre são nítidos e muitas vezes ficam restritos ao ponto essencial daquilo que vimos ou que aconteceu.
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